Você se foi cedo, precisávamos um do outro,
Faria o que fosse necessário para tê-la de volta.
Lançar-me-ia do vigésimo andar de um prédio,
Se assim pudesse agarrar-me a ti.
A ideia de destino não me agrada de tal maneira,
Lembro-me quando pediu quase sem forças,
Que fosse honrado e virtuoso, que concedesse o perdão. Eu
o fiz!
Realizei seu
ultimo pedido, porém concedi aos outros, não a mim.
Más lembranças são
como estilhaço mal removido.
Cicatrizam superficialmente, mas por dentro ainda continuam
ferindo.
Folheei velhos escritos buscando inspiração; revirei meu
antigo baú e
Nada encontrei.
Levei a mão ao peito, para ver se algo nele ainda batia,
Num momento de fúria e desespero, agarrei o punhal.
E quando ia desferir brutalmente um golpe contra meu
peito,
Eis que vejo sua foto sorrindo, e isso trouxe à vida
lembranças suas,
Então pude dar o perdão a quem mais merecia, e me
entreguei o perdão.
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