Às
vezes penso como seria
Morrer
sozinho (como vivo)
E
ser encontrado apenas quando
Os
vermes já estivessem a devorar-me
Que
peso teria minha morte ao mundo?
Quem
após minha partida choraria,
Que
eu já não tenha feito chorar
Enquanto
vivo?
Morrer
não difere em nada
Do
que vivenciamos no cotidiano
Valoriza-se
apenas o que nos falta
Em
detrimento do pouco que possuímos
A
saúde é preciosa quando já não temos
A
liberdade fundamental diante da opressão
O
amor inestimável onde impera o ódio
A
companhia importante, onde reina a solidão.
Não
me entristece o pensar que morrerei,
Incomoda-me
é a incerteza do viver
Em
busca da última coisa que Pandora fechou na caixa
Após
espalhar pelo mundo, as maldições que nela trazia.
A
esperança é mais um mal que um bem
Faz
semear onde a chuva nunca vem
Jogar
o anzol num rio que nada tem
Matar
a fome com fruto venenoso quando a fome vem.
A morte é dolorosa apenas ao que ficam vivos
Aos
mortos, incômodo algum traz
Ela
iguala todos os homens com seu toque
Deixando
fortunas e honras para trás.
Quão
estúpido o ser humano
Ao
dar-se demasiada importância
Diante
de toda a vastidão que o cerca
Efêmera
é sua vida, breve a sua lembrança.
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