Transitoriedade
Ó
velha folha, por que lamentas tua queda inevitável,
Conhecendo
o fim te manténs inconsolável,
Não
percebes que teu ocaso faz parte do plano
E
que resistir é cometer ledo engano?
A
primavera já passou, o verão e o inverno inexorável
Ignorastes
o que viu apegando-te ao impalpável
Mantivestes
a esperança inútil que venceria o destino arcano
Não
percebeu que como tu outras mil desvanecem todo ano.
Por
teu egoísmo desprezastes a transitoriedade
O
desejo de manter-se levou de ti a felicidade
E
inconsolada amaldiçoa teu destino
Desconhece
que a vida de verdade
É
efêmera e sem durabilidade
Companheira
do tempo peregrino.
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