Sou
mais uma sombra entre outros espectros
Em
meio à turba dos desafortunados sinto o vazio deste limbo
Olhando
os semblantes tristes que vagueiam neste deserto
Destituídas
de tudo, mas ainda assim seguindo.
À
espera de alguém que os liberte do sofrer perpétuo
Que
foram condenados a passar sem clemência
Vagueando
por este abismo abjeto
Ao
findar da efêmera existência.
Sigo
sozinho, imerso em mim mesmo e taciturno
Enquanto
outros em grandes filas de aflitos
Lamentam
em estridentes ais seu infortúnio
Mantenho-me
imperturbável e meu silêncio ecoa mais que seus gritos.
Não
há nobre alma que por aqui viaje, guiado por Virgílio
Neste
mundo onde o tempo também não existe
Todos
são desconhecidos, não há pais nem filhos
E
por toda a eternidade apenas a solidão persiste.
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